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Lapis Judaicus, Ciência, História e Magia

Lapis Judaicus e Jew’s Stone são alguns dos nomes dados aos espinhos fossilizados de certos equinóides cidaróides.
Na Magia a Lapis Judaicus é considerada uma pedra talismânica de inesgotável poder de alimentação, as vezes era chamada de “Theolithos”, “Pedra da Fênix” e em alguns textos sugerem que pode ter sido outro nome para a “Lapis Exilis”.

Rogelio de Egusquiza (1845-1915), Le Saint Graal – 1893

Algumas lendas dizem que a Lapis Judaicus teria sido formada a partir de uma das pedras da coroa de Lúcifer, que se deslocou e caiu na terra quando o Príncipe da Luz teria sido expulso do céu para as trevas do Inferno, por isso ela ainda carrega o nome de: “A Pedra do Traidor”.

Existem muitas tradições que indicam que o graal seria a pedra brilhante de Lúcifer que foi moldada em uma tigela usada por Jesus Cristo na Última Ceia. Esta pedra tornou-se o Santo Graal depois que o sangue de Jesus Cristo a encheu. 

Alguns textos relacionam a Lapis Judaicus ao Graal de Judas, e outros afirmam ser um dos principais componentes da Pedra Filosofal que foi muito procurada durante a Idade Média, com fortes conotações de demonologia.

O Graal de Judas possuía a representação do cálice da transformação, o único pedaço de substância quando adicionado à mistura adequada seria o catalisador perdido para transformar uma substância em outra.

E apesar de haver essa comparação, na verdade, o Graal de Judas seria o oposto do Lapis Exillis (Santos Graal), que foi reivindicado pelos Templários, e depois pelos maçons e enterrado em uma igreja na Escócia:

Um eremita está descrevendo o castelo do Graal para Parzifal. O Graal é guardado pelos Templários “Eu vou te dizer como eles se alimentam. Eles vivem de uma Pedra cuja essência é a mais pura. Se você nunca ouviu falar, vou nomeá-lo para você aqui. Chama-se ‘Lapis exillis’.”
– Wolfram von Eschenbach, “Parzifal”

Com o Lapis Exillis, quem bebesse do cálice voltaria à saúde e ‘teria sua cor restaurada e não morreria por uma semana’ (de Troyes, creio). Também foi considerada uma faceta diferente da Pedra Filosofal, em alguns textos, aparecendo com uma lança, uma espada e um disco. 

Já em diferentes textos alquímicos, o Lapis Exillis não seria uma taça, mas apenas uma pedra, que poderia ser usada em um processo para criar poções que afetariam a vida.

Tem muitas outras possibilidades sobre a pedra que teria caído da coroa, incluindo que pertenceu ao Rei Salomão, mas isso é assunto para outro artigo, até para não fugir muito do tema.

Considero importante ter mencionado tudo isso, para que você possa conhecer tudo que está relacionado a Lapis Judaicus e tirar suas próprias conclusões de acordo com suas crenças e intuição.

Lapis Judaicus na Magia

Para compreender seu potencial, vamos nos aprofundar um pouco mais sobre tudo que envolve essa misteriosa ‘pedra’ mágica, e para isso precisamos saber o que esse tipo de fóssil representava para os povos mais antigos.

Ilustração em xilogravura de uma edição da Naturalis Historia de Plínio, o velho (1582)

O fato é que as pessoas vêm coletando fósseis há centenas de milhares de anos, atraídas por uma infinidade de razões. Muitos acreditavam que esses objetos podiam proteger o corpo, tanto na vida quanto na morte, e até curá-lo de seus males físicos. Outros fósseis, porém, eram simplesmente malignos, ditos ‘Crias do Diabo’, trazendo infortúnios.
No entanto, em muitas sociedades, os fósseis eram objetos a serem mantidos, reverenciados e, em muitos casos, enterrados com o falecido.
A Lapis Judaicus esteve presente especialmente nas ciências ocultas Judaicas, que considerava uma ‘pedra’ talismãnica dotada de muito poder, mas suas formas de uso nunca foram divulgadas abertamente.
As fontes de pesquisas estão em livros antigos sem tradução para português ou na sabedoria popular do povo de Israel.
Para nossa sorte a família de nosso fornecedor nos contou como ela é utilizada até os dias de hoje, e então pudemos complementar esse artigo, passando inclusive algumas fórmulas de uso.
A pedra está relacionada à Lúcifer, justamente pelo seu potencial de trazer para o plano físico qualquer propósito lançado no plano espiritual, ou seja, atua em absolutamente todos os aspectos da vida na Terra.

Usos mágicos da Lapis Judaicos

⦁ Uma das formas clássicas de uso é utilizar um pouco do seu pó no óleo sagrado judaico de unção do Tanakh, feito com resina de mirra, cálamo e canela. Após consagrado, esse óleo poderoso pode ser utilizado para qualquer propósito terreno, mas também confere amplos poderes de proteção espiritual.
⦁ Como amuleto, a pedra deverá ser carregada em um saco de flanela ou veludo preto, mas antes deverá ser magnetizada e direcionada para atuar como tal.
⦁ Na forma de oferta a Lúcifer, é colocado um pouco do seu pó em um cálice de vinho tinto. Mas pode ser ofertada a divindades ctónicas.
⦁ O pó ou o óleo feito com Lapis Judaicos pode vestir velas, potencializar feitiços, consagrar instrumentos, objetos e muito mais.

Lapis Judaicus Copyright Além de Salém

Manifestação do Graal com a Lapis Judaicus

Através da Lapis Judaicus podemos trazer a manifestação do Graal de Judas ou até mesmo do Santo Graal de muitas maneiras com base em nosso sistema de crenças. Podemos usar a ciência do graal para encontrar correspondências físicas para efeitos de cura agindo sobre nossos nervos, glândulas, sangue e ossos. Podemos focar a devoção ao Graal que é exibida pelas donzelas do Graal e o rei/rainha do Graal para penetrar uma compreensão mais profunda da fisiologia humana e do desenvolvimento da alma e do espírito.

Lapis Judaicos na Medicina do Período Clássico

Saindo da espera mágica vamos conhecer um pouco mais sobre a Lapis Judaicus e seu uso milenar. Os espinhos fossilizados dos equinóides regulares, especialmente os cidaróides, como o Bulonocidaris, têm uma longa história de uso na medicina popular. Chamado Lapis Judaicus ou pedras dos judeus, foi mencionada pela primeira vez no Oriente Médio em citações em árabe pela primeira vez pelo filósofo e médico persa, Abn Al: al Hosain Ibn Abdallah Ibn Sina (980-1037), cujo nome é geralmente latinizado para Avicena.
Já no Grego, sua primeira aparição se dá em um artigo de Medicina Herbal atribuído a Pedanius Dioscorides (e. AD40 90) (Bromehead. 1945. p. 106: Gunther, 1968, p. 655). Dioscorides nasceu em Anazarbus, Cilícia (atual Turquia), servindo ao exército de Nero como cirurgião e botânico. Sua obra de cinco volumes é a primeira de uma longa linhagem de farmacopeias e, quase exclusivamente para um texto clássico desse tipo, foi copiada com pequenas adições ocasionais ao longo dos séculos seguintes, sendo traduzidos do grego para o árabe, para o latim e mais tarde para o Inglês (Goodyer, 1655 em Gunther. 1968).
Nos textos atribuídos a Lapis Judaicus, é relatado que foi usada extensivamente como profilático e tratamento para vários distúrbios urinários, particularmente pedras na bexiga, cálculos renais e disúria. O fóssil tem um longo histórico folclórico que se estende desde os tempos clássicos, especialmente na área do Mediterrâneo. A aplicação medicinal da pedra dos judeus foi determinada por sua forma, usando o princípio da magia simpática. Sugado ou em pó e misturado com uma ampla gama de ingredientes botânicos, minerais e animais, era frequentemente tomado em vinho ou água. Em Malta, os espinhos equinoides fossilizados eram chamados de ‘Bastão de São Paulo’.

Considerações finais

As referências médicas citadas, correspondem a tratamentos da época, não recomendado para o leitor sem o conhecimento e aval de um profissional de saúde.

O tema abordado trás sistemas de crenças e valores de diversas culturas através dos tempos. Toda informação histórica repassada, foi retirada de livros e pesquisas abaixo citados.

Holy Blood, Holy Grail – Michael Baignent

The watkins Dictionary of Magic Nevill Drury
Dragons’ Teeth and Thunderstones: The Quest for the Meaning of Fossils

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