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7 Ervas dos Antigos – Raras e Poderosas na Magia

As ervas têm uma ligação profunda com as práticas espirituais e crenças ao longo da história, sendo utilizadas por diversas culturas, tradições e religiões há milhares de anos. Elas são vistas como um meio de se conectar com forças sobrenaturais e até mesmo controlar eventos naturais. Na literatura mágica, é possível encontrar uma coleção de ervas raras e poderosas que foram usadas em práticas espirituais antigas.

Contudo, é importante observá-las com precaução, pois algumas podem ser perigosas se manipuladas ou consumidas incorretamente.

O que torna uma erva rara não é apenas sua escassez, mas especialmente suas propriedades únicas e sua capacidade de produzir efeitos mais rápidos dentro do objetivo desejado. Algumas dessas ervas só crescem em uma pequena região de um país específico, sob determinadas condições de solo e clima, enquanto outras são tão raras que se tornam lendárias e são conhecidas apenas por ilustrações ou fotografias. No entanto, é possível encontrar muitas dessas ervas raras atualmente no Brasil, reunidas em um só lugar, como na loja Além de Salém.

Algumas das ervas mais raras e poderosas utilizadas nas práticas espirituais incluem:

Aconitum – Pixabay Imagem Free

Wolfsbane – Aconitum

Wolfsbane (Aconitum) é uma planta silvestre perene da floresta alpina, pertencente à família Ranunculaceae. Ela cresce até cerca de 1 metro de altura, se espalha em grupos e produz lindas flores em forma de jarro. Wolfsbane é uma planta rara, utilizada na magia para proteger contra espíritos malignos e inimigos. É também usada para propósitos de adivinhação e para ajudar a obter visões proféticas. Na mitologia grega, a planta foi associada com a deusa Hécate e foi formada a partir da saliva ácida de Cérbero, o cão que guardava os portões do inferno.  É uma das plantas mais venenosas do Velho Mundo e por causa de sua natureza, pode ser usada na Magia para causar dano a outro, criando “raios élficos” com uma pederneira e objeto pontiagudo, passado numa raiz de acônito para perfurar um boneco (poppet), por exemplo.

Wolfsbane é uma erva altamente tóxica e deve ser manuseada com extrema precaução. Ingerir até mesmo uma pequena quantidade pode ser fatal e a exposição através da pele pode causar dormência, formigamento e dermatite. Quando manuseando o acônito, é importante usar luvas e armazená-lo em um frasco bem fechado, claramente rotulado e fora do alcance de crianças, animais de estimação.

Os sintomas de envenenamento incluem vômito, suor, espuma na boca, confusão, tontura, dormência e formigamento no rosto, boca e membros, sensação de queimação no abdômen. Esses sintomas geralmente aparecem dentro de uma hora após a exposição e podem resultar em morte em até 6 horas.

Em caso de ingestão acidental, é importante procurar atendimento médico de emergência imediatamente. Se a exposição ocorreu através da pele ou membranas, lave a área com água e procure atendimento médico de suporte o mais rápido possível.

Belladonna – Pixabay Imagem Free

Belladonna – Atropa Belladonna L

A Belladonna (Atropa belladonna L), também conhecida como ‘Deadly nightshade’ e “Beautiful Lady” , é uma planta pertencente à família Solanaceae. A Belladonna é uma planta que cresce até 1,5 metros de altura, com folhas verdes opacas, raiz cônica e flores e bagas doces e escuras. Essas bagas escuras são altamente tóxicas e são a razão pela qual a Belladonna é conhecida como “Cereja do Diabo”.

A Belladonna contém alcaloides, como atropina, escopolamina e hiosciamina, que possuem propriedades anticolinérgicas. Esses alcaloides foram usados ​​na medicina, geralmente como sintéticos, para o tratamento de certas condições e doenças. A raiz da Belladonna é considerada a parte mais tóxica da planta, mas todas as suas partes são tóxicas.

Na Magia a Belladonna é tradicionalmente associada à projeção astral, mas vale a pena ressaltar, que por ser uma planta saturnina, ela te arrasta para e solo ao invés de fazer levitar ou voar. A vibração emitida pela Belladonna é totalmente contrária à leveza sugerida na idade média, de forma que precisa ser estudada e experienciada com muita cautela em finalidades ocultas.

Em variadas tradições e sistemas mágicos a planta também é utilizada para propósitos que envolvam: Amor, juventude, banimento, remoção de larvas astrais, purificação de ambientes carregados, proteção, contra inimigos, destruição, contato e comunicação com espíritos.

Mandrágora Root – Pixabay Imagem Free

Mandrágora – Mandrágora Officinarum

A Mandrágora (Mandrágora Officinarum) é uma planta que pertence à família Solanaceae e ao gênero Mandragora, incluindo três espécies nativas da bacia do Mediterrâneo e da Ásia Central.

A mandrágora é provavelmente a planta mágica mais famosa da Europa, conhecida por suas propriedades medicinais e psicoativas e associada a uma ampla gama de lendas e mitos ao longo dos séculos. Ela é conhecida desde os tempos antigos, aparecendo esculpida em várias tumbas egípcias e mencionada nas propriedades curativas no Papiro de Eber (1500 aC). Inicialmente usada como amuleto para dar sorte, como afrodisíaco e para tratar infertilidade, seu uso a partir do século I foi como sedativo e anestésico em procedimentos cirúrgicos. Plínio dava aos seus pacientes um pedaço da raiz para mastigar antes das operações e Dioscórides usava vinho de mandrágora como anestésico e para aliviar a dor.

Contudo, estudos e testes comprovaram que a mandrágora é altamente tóxica, portanto não recomendada para ser ingerida sob hipótese alguma. Todas as partes das plantas de mandrágora contêm os alcalóides hioscamina e escopolamina. Essas substâncias produzem efeitos alucinógenos, bem como resultados narcóticos, eméticos e purgativos.

Visão turva, boca seca, tontura, dor abdominal, vômito e diarreia são sintomas iniciais comuns. Em casos graves de envenenamento, estes progridem e podem incluir a confusão mental, desaceleração dos batimentos cardíacos, coma e, muitas vezes, a morte.

A mandrágora também é conhecida como Droga de Circe. Circe é uma deusa grega antiga conhecida por suas habilidades de transformação. Ela é mencionada na Odisséia de Homero e era hábil em fitoterapia, especialmente com ervas venenosas como a mandrágora. Ela usava essas toxinas em sua prática para controlar homens mal intencionados, transformando-os em animais e mantendo-os como escravos em sua casa em uma ilha mística chamada Aeaea.

As propriedades mágicas da mandrágora incluem: Amor, fertilidade, proteção, dinheiro e saúde. Ela está relacionada ao elemento fogo e possui uma energia masculina, e também é associada às divindades Hécate e Hathor.

Papoula – Pixabay Imagem Free

Papoula – Papaver Rhoeas

A papoula (Papaver rhoeas) é uma planta que tem sido usada há milhares de anos em práticas espirituais e cerimônias de cura. Muitas culturas diferentes, incluindo os gregos antigos, os egípcios e os povos nativos americanos, acreditavam que a papoula possuía propriedades mágicas e curativas.

A papoula também é usada em cerimônias de cura e rituais religiosos. Por exemplo, os xamãs siberianos usam a papoula em cerimônias de cura para ajudar as pessoas a se conectarem com seus espíritos guias e alcançarem a cura espiritual. De maneira semelhante, os egípcios antigos acreditavam que a papoula podia ajudar as almas dos mortos a encontrar a paz e a se prepararem para a vida após a morte.

Na mitologia grega, Deméter é venerada como a deusa da agricultura, das estações e da colheita. Ela ensinou os mortais a cultivarem cereais, como trigo e cevada. A história conhecida de Deméter e sua filha Perséfone envolve o rapto desta última pelo deus do submundo, Hades. Devido a seu sofrimento e dor causados ​​pela perda de sua filha, Deméter recebeu a planta de papoula do deus Morfeu, para aliviar sua dor. Além disso, Deméter e Perséfone estavam no centro de um culto antigo conhecido como os Mistérios de Elêusis, onde os seguidores acreditavam que as deusas possuíam conhecimentos médicos e habilidades para tratar doenças.

Na Magia, a papoula é considerada  feminina  em sua ação e ressoa com a energia da  lua  e o elemento  água . É adequada para quaisquer rituais envolvendo Hypnos, Thanatos, Somnus, Nyx,  Demeter , Perséfone e para oferendas aos mortos, particularmente aqueles que morreram em batalha. Especialmente úteis em feitiços de fertilidade, agricultura, abundância, amor, sono, dinheiro, sorte e invisibilidade.

Alchemilla Lady’s Mantle – Pixabay Imagem Free

Lady’s Mantle – Alchemilla Vulgaris

Pertencente à família Rosaceae, a Alchemilla vulgaris é difundida e comum em toda a Grã-Bretanha e Irlanda; também é encontrada em toda a Europa continental e Groenlândia.

Conhecida por ser uma erva muito reverenciada pelos alquimistas, e de onde recebe o nome de Achemilla, acreditava-se que a coleta de que o orvalho nas folhas desta planta era um ingrediente mágico muito poderoso. Muitos alquimistas engarrafavam o orvalho acreditando que ele estava ligado a muitos poderes mágicos e por si só aumentariam seus próprios poderes. Alguns acreditavam que poderia estar ligado à Pedra Filosofal. As mulheres, principalmente na Europa, também coletavam o orvalho da Lady’s Mantle acreditando que aplicá-lo no rosto e na pele o rejuvenescia e o tornava mais bonito e macio. Mais tarde, a erva foi comumente usada no século 16 pelas mulheres para “restaurar” a virgindade, pois acreditava-se que a erva curaria quaisquer sinais de sexo pré-marital e restauraria quaisquer “danos” à vagina e ao útero.

Na Magia a Lady’s Mantle é recomendada especialmente em feitiços de amor e de fertilidade, pois de fato, tem sido usado para ambos propósitos há muito tempo. Mas também é vista como uma enorme lupa para a maioria das magias, pois quando adicionada em feitiços, traz potência, dando um impulso extra e ainda protegendo o praticante de energias densas.

Foxglove/Dedaleira – Pixabay Imagem Free

Foxglove/Dedaleira – Digitalis Purpurea

A Foxglove, também conhecida como Dedaleira, é uma planta que possui delicadas e belas flores que vão do branco ao roxo.

Na antiguidade, os celtas atribuíam a esta planta um forte poder de proteção. Era comum que as mulheres usassem a Foxglove para preparar uma pasta, que espalhavam entre as nos batentes das portas de suas casas na noite de Halloween, para afastar ‘criaturas malignas’.

Digitalis Purpurea, é uma planta com uma história rica e interessante. Sua origem de nome comum “Dedaleira” é controversa, mas alguns acreditam que pode ter relação e referência às fadas. Já o nome latino “Digitalis” vem da palavra “digitanus”, que significa “dedo”, devido à forma de dedo das suas flores.

Embora seja altamente tóxica,, a Foxglove tem uma longa história de uso medicinal para tratar problemas cardíacos, renais, edema e envenenamento por acônito. Há relatos de que Van Gogh teria usado a planta para tratar sua epilepsia. Um velho ditado sobre a Foxglove diz “Ele pode ressuscitar os mortos e pode matar os vivos”, enfatizando a sua natureza perigosa se não for utilizada corretamente.

Na mitologia romana, Flora mostrou a Hera ou Juno como engravidar sem a necessidade de um homem, tocando uma Foxglove em sua barriga e seios. Dependendo da fonte, ela teria dado à luz Marte ou Vulcano a partir desse método. Já na mitologia escandinava, as fadas ensinaram as raposas a tocar sinos de Foxglove para avisar umas às outras sobre a aproximação de caçadores.

Sua associação planetária também é controversa, alguns dizem que é uma planta de Vênus, outros dizem que está relacionada à Saturno. Eu pessoalmente acredito que ela possua um pouco da natureza de ambos.

O orvalho coletado de dedaleiras pode ser usado em rituais para se comunicar com as fadas e diz-se que as folhas ajudam a quebrar os encantamentos dos elementais. 

A Dedaleira é altamente tóxica e não deve ser inalada, ingerida ou ter contato com pele e mucosas.

Lilly of Valley – Pixabay Imagem Free

Lírio do Vale – Convallaria Majalis

A planta nativa européia conhecida como Lírio-do-vale (Convallaria majalis) é uma velha conhecida do mundo místico. Amada tanto pelos Fae quanto pelos humanos, é chamada de “Taças das Fadas” devido à sua forma de flores que parecem pequenas xícaras penduradas, que tocam enquanto as Fadas dançam. Segundo a lenda, as flores tocam quando as fadas cantam e formam escadas para as fadas usarem para alcançar os juncos onde tecem seus berços. É uma planta perfeita para atrair elementais para um jardim mágico.

De acordo com o folclore, esta planta floresce no túmulo de alguém que foi executado por um crime que não cometeu. Acredita-se também, que plantá-las no jardim protegerá a casa de fantasmas e espíritos malignos. Embora algumas pessoas considerem azar trazer as flores para dentro de casa, na França ainda se trocam (em forma de presente) vasos ou ramalhetes com os Lírios, no primeiro de maio para ter boa sorte ao longo do ano. É dito que o perfume desta flor atrai rouxinóis e dá às pessoas o poder de ver um mundo melhor. Na linguagem das flores, os Lírios-do-vale representam o retorno da felicidade. Eles geralmente são um símbolo de humildade, pureza e doçura.

Na mitologia, este planta está ligada à deusa Maia, a mais velha das Sete Irmãs e a deusa do crescimento, aumento, campos e primavera. Ela é considerada a avó da magia, pois é a mãe de Hermes (Mercúrio). O mês de maio é nomeado em sua honra, e os dias 1 e 15 de maio são seus dias sagrados. Sua adoração sobrevive como a celebração da Rainha de Maio na igreja católica. No passado, apenas as mulheres podiam adorar Maia.

Na magia, o Lírio-do-vale é associado a Gêmeos por causa da conexão com Mercúrio. Gêmeos rege a adivinhação e a invocação, e como Mercúrio rege a magia, esta é uma boa planta para usar em magia cerimonial ou adivinhação. É possível fazer um óleo para ajudar na adivinhação macerando as flores em óleo de amêndoa ou oliva.

Contudo, o Lírio do Vale também é tóxico e não deve ser inalado, ingerido ou ter contato com pele e mucosas.

Considerações finais

Podemos observar que a grande maioria das ervas raras utilizadas na Magia, possuem potencial tóxico. Utilizar ervas tóxicas sem as devidas precauções e conhecimento pode ser extremamente perigoso e trazer riscos para a saúde.

Antes de usar qualquer erva, mesmo que de forma ritual, é importante fazer uma pesquisa adequada sobre suas propriedades e possíveis efeitos colaterais. É importante saber como a erva deve ser manuseada e utilizada, bem como quais os efeitos colaterais que ela pode causar caso ocorra algum contato ou ingestão acidental.

Além disso, é importante ter cuidado com as plantas que são semelhantes às que você procura, pois algumas plantas podem se parecer com outras mas possuir propriedades diferentes e até mesmo serem tóxicas.

Em resumo, é importante ter muito cuidado ao usar ervas desconhecidas, de procedência e sempre pesquisar sobre suas propriedades e possíveis efeitos colaterais antes de usá-las. As informações do artigo são apenas para uso mágico e não devem sob hipótese alguma ser ingeridas. Não subestime os riscos de utilizar ervas desconhecidas sem as devidas precauções e conhecimento, algumas podem ser letais.

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